quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Beijing 2008 licencia módulo do Ninho


A organização da Olimpíada de Beijing 2008 e a administração do Estádio Nacional transformaram em produto licenciado dos Jogos o primeiro módulo da estrutura metálica desenvolvida para a construção do Ninho do Pássaro.

A peça foi produzida em uma escala 1:100 e representa o primeiro dos 24 módulos desenvolvidos para sustentar o Estádio Olímpico. Cada uma das 5 mil peças vendidas com certificado de autenticidade mede 5,05 centímetros de altura, pesa 10,5 quilos e custa 29.800 yuan, cerca de R$ 7.300, se minhas contas estão certas na conversão para euros e depois para reais. Foram todas produzidas com sobras do material empregado na construção.


Do ponto de vista tecnológico, a estrutura de aço do Estádio Nacional foi a parte mais difícil de ser realizada no projeto. O estádio real tem 40 metros de altura no eixo norte-sul e 69 metros no eixo Leste-Oeste.

Causeway Bay, Hong Kong


Serve como cultura geral, digamos assim. O Estadão publicou uma matéria do correspondente em Genebra, Jamil Chade, sobre uma pesquisa que apurou que o segundo metro quadrado comercial mais caro em todo o planeta Terra fica em Causeway Bay, em Hong Kong.

A liderança é da 5ª Avenida, em Nova York, onde um metro quadrado comercial custa € 849 (R$ 2.200), muito acima de Causeway Bay, onde custa € 686 (R$ 1.780). Na Avenida Champs Elysées, em Paris, custa € 522 ( R$ 1.355).

O metro quadrado mais valorizado no Brasil seria o Shopping Iguatemi, onde custa € 131 (R$ 340). Não entendi a comparação do preço de um endereço privado entre avenidas inteiras, mas enfim, vale a curiosidade.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Beijing 2008 apresenta o seu Cubo D'Água


Uma das obras mais extraordinárias da história dos Jogos Olímpicos foi apresentada oficialmente hoje, o Cubo D'Água, o conjunto aquático que receberá as provas de natação, saltos ornamentais e nado sincronizado de Beijing 2008 e que estava em contrução desde 24 de dezembro de 2003.

Mais de 1 milhão de metros quadrados de Etileno-Tetrafluoretileno (ETFE) foram usados para revestir uma estrutura metálica que sustenta o prédio que ocupa uma área total de 100 mil metros quadrados.

Apesar de só conhecer por fotos (por pouco tempo, espero), o prédio é imponente. O ETFE já havia sido usado para tornar único o Alianz Arena, estádio do Bayern de Munique utilizado na Copa do Mundo da Alemanha 2006, e agora volta para ser uma das pérolas da coroa chinesa neste ano, mostrando o arrojo da obra erguida por um consórcio sino-australiano.

O ETFE, como me ajudou meu amigo Marcos, que é engenheiro químico, é uma película que pode ser comparada a um plástico, com durabilidade de 20 anos, e que vem sendo utilizado em grandes obras que exigem grande transparência. Por seu composto ter cerca de 1% do peso do vidro, tem sido cada vez mais aplicado, além de também ser reciclável.

Sua concepção imita uma bolhas de sabão, que dão um aspecto impressionante à obra. A sofisticação da engenharia civil marca presença nos Jogos Olímpicos, se tornando em um atrativo extra em um dos maiores eventos esportivos do mundo.


Os valores oficiais aplicados em sua construção não foram divulgados, mas especula-se que tenham sido consumidos mais de 140 milhões de dólares (cerca de 240 milhões de reais). Lá dentro haverá uma piscina de 50 metros, outra para aquecimento dos atletas que irão competir e outra para as provas de saltos ornamentais, onde serão disputadas 42 medalhas de ouro.


domingo, 27 de janeiro de 2008

O jade e as medalhas de Beijing 2008


Faltavam 500 dias para a Olimpíada da China quando exibiram as medalhas dos Jogos Olímpicos pela primeira vez. Agora, faltam 193 dias e ainda encontro novidades sobre o significado do jade que estava incrustado nas medalhas.

Chamados de "bi" [pronunciá-se 'pi'], discos de jade verde-escuro com um orificio central eram usados em cultos aos céus, enquanto para os cultos voltados para a terra era usado o "cong" [son], "um bloco de quatro faces com uma abertura cilíndrica no sentido do comprimento", segundo o livro "A Cultura Chinesa", editado por Ding Wei.
Enquando os nobres usavam enfeites de jade para demonstrar sua riquezza, os chineses em geral davam jade de presente aos recém-nascidos para evocar proteção e sorte.

No livro conta-se que para Confúcio, "o brilho do jade (usado nos rituais) representa a bondade e a serenidade e sua clareza imaculada, elegância e refinamento". Dessa forma, com o passar do tempo, o confucionismo se estabeleceu, e os objetos rituais de jade passaram a simbolizar o caráter superior e a perfeição moral.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Concreto e grama


A China tem ao longo de seu território problemas terríveis de desertificação do solo. Depois da revolução de Mao, os espaços gramados eram vistos como marcas da colonização britânica e foram destruídos, potencializando o problema em algumas regiões.


Ciente desses problemas, as soluções de arquitetura no país para a Olimpíada de Beijing 2008 recomendou o uso no Parque Olímpico da "concregrama" ou concreto com grama, o que permitiria a pavimentação do piso sem correr riscos de impermeabilizar a área, uma preocupação de harmonizar o ambiente.


Se vai funcionar com todo mundo lá dentro, só vão saber durante os Jogos, mas é uma idéia que pode ser aplicada em qualquer lugar.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Menos limpo, menos azul



O jornal The New York Times, dos Estados Unidos, publicou matéria na quinta-feira da semana passada contestando onível de excelência das pesquisas sobre a qualidade do ar em Pequim que foram usadas pelo governo para dizer que a meta de "dias de céu azul" foi alcançada.


Informa que a partir de 2006, foram alterados os métodos de análise, sendo que entre outras coisas, duas estações de medição em áreas poluídas foram desativadas e que outras três, em áreas limpas, foram usadas na coleta de dados. Assim, não teria mudado a qualidade do ar, mas os pontos em que as medidas são feitas, o que mostraria também existirem pontos de diferentes concentrações de poluentes na cidade.


A matéria do NY Times informa que são meidos em 84 cidades os níveis de poluição por dióxido sulfúrico, dióxido de nitrogênio e outros poluentes, que são classificados em conjunto em uma escala que vai de 1 a 500, sendo 500 o pior cenário.

Considera-se que qualquer marca abaixo de 101 representa "um dia de céu azul" e que em 1998, ocorreram 100 dias de "céu azul" e que em 2007, foram 246.

Há pelo menos um blog na internet que acompanha a qualidade do nível do ar em Pequim. Para quem quiser acompanhar o assunto em detalhes, é uma opção.

Em busca de um céu de brigadeiro



Realizar a Olimpíada em Pequim vai além de antecipar obras para refazer a infra-estrutura da cidade e mudar o perfil sócio-econômico da capital, que está deixando de ser majoritariamente industrial em seu centro para passar a explorar mais o turismo, se tornando uma moderna porta de entrada para a China.

Ganhar o maior número possível de medalhas é apenas um dos índices de eficiência existente nos Jogos Olímpicos, principalmente para aqueles que assumem a responsabilidade de organizá-los. Além de os estádios estarem quase todos prontos e neles já terem sido-teste para os Jogos, querem demonstrar serem capazes de alcançar as metas estipuladas em áreas muito diversas.

Um dos maiores problemas de Pequim são seus altíssimos índices de poluição, principalmente por haver muitas indústrias defasadas na cidade. Mas eles prometeram na candidatura a sede, que o ar da cidade estaria tão limpo quanto o de Paris na Abertura dos Jogos, o que poderá ser medido para comparação, em agosto.

Não é pouca coisa, algo como transformar Cubatão em Ipanema. Mesmo assim, o governo estipulou uma meta de fazer acontecer 246 dias de céu azul sobre Pequim em 2008. Ou seja, dias em que fosse possível ver o azul do céu, já que as nuvens de poluição podem ser imensas por lá. Anunciaram no fim do ano que conseguiram alcançar o objetivo, de acordo com os parâmetros estipulados por eles mesmos. Para 2008, estipularam em 256 os dias que terão boa qualidade de ar. Em 2007 foi necessário desativar indústrias, com o conseqüente corte de empregos, e foi testado também o impacto que teria promover rodízios de veículos.

A preocupação com o céu vai além da qualidade do ar. A Reuters divulgou que o aeroporto de Pequim fará 1.350 vôos diários para garantir que todos os vôos saiam no horário e que as empresas que não cumprirem o cronograma de julho a setembro, poderão ter a rota atrasada suspensa para todo o trimestre. A nota informa que o número de passageiros no ano passado foi de 185 milhões e que em 2008, irá para algo como 200 milhões. Pouco menos de 25% dos vôos não saíram no horário em 2007 na China.

Mas para que os vôos saiam na hora é fundamental que haja "céu azul" sobre Pequim, pois as grossas nuvens de poluição podem atrasar os vôos em dias. Será interessante acompanhar o que irá acontecer com tudo isso após a Olimpíada. Talvez aí esteja outra grande lição.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O Ano Olímpico de 4705


O tempo passou e o Ano Olímpico de 2008 chegou, com Pequim fazendo uma grande festa para celebrar o Ano Novo do calendário ocidental, já que o Ano Novo chinês só será celebrado no dia 7 de fevereiro, quando começará o ano 4705.


Mas o que importa é que seja em 2008 ou em 4705, este é um Ano Olímpico e a atenção do mundo se voltará para Pequim até a Cerimônia de Abertura, dia 8 de agosto, e mais intensamente até dia 24 de agosto.


Dessa forma, o Portal do Estadão disponibilizou material da Time Out sobre atrações e muitas outras informações, com cultura útil sobre o que o turista deve esperar em sua viagem a Pequim.


Uma das informações é que na China não se costuma dar gorjetas, mas há quem deixe trocados sobre a mesa. Mas o visitante não deve se surpreender caso um garçom corra atrás dele para avisar de que esqueceu dinheiro sobre a mesa. As gorjetas muito altas não são aceitas.