sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

É preciso tratar bem o turista


No momento em que fico sabendo que a agência de turismo Chinatur passou a disponibilizar em seu site os textos deste blog, leio na coluna Última Moda, de Alcino Leite Neto, na Folha de S. Paulo, uma nota que chama a atenção para os cuidados necessários no trato ao turista.

Informa que agências de turismo da China passaram a boicotar as Galeries Lafayette depois que um casal de chineses foi destratado e levado à polícia.

A nota destacava ainda que os chineses estão entre os povos que mais têm aumentado sua presença na França como turistas, o que a ocorrer também no Brasil.

A foto que ilustra o texto foi retirada de http://www.TravelerPhotographs.com.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Vamos jogar cùjú?


Se o Brasil é o país do futebol, será que um dia a China voltará a ser o país do cùjú? Em chinês, "cu" - por favor, pronuncia-se [su] - significa chutar e "ju" [tju] bola de couro, e dava nome para o futebol local que, atenção, era jogado há mais de 2.500 anos.

A foto é de uma bola utilizada no esporte, mas não encontrei um texto que dissesse de quanto tempo atrás, mas o esporte foi citado pelo site da Fifa, que reconheceu sua antiguidade.

Segundo o ChinaCulture.Org, o jogo era composto por 12 jogadores de cada lado, sendo seis "goleiros" para guardar os seis gols que tinham de cada lado. Imagina só: 12 gols! Devia sair muito gol durante os jogos, ao menos na Dinastia Han, e era um jogo de elite, assim como no Brasil, quando foi introduzido.

As imagens em pinturas têm muitas mulheres praticando o cùjú, o que talvez explique o fato de a China ter uma das melhores seleções femininas de futebol do mundo enquanto a masculina ainda terá de fazer muito intercâmbio para se tornar verdadeiramente competitiva.
Mas havia mais de um cùjú, o zhu qiu, tinha uma rede e jogadores dos dois lados, como se fosse o futevôlei, e o bai da não tinha gols. Está aí o poder da Fifa, ter definido uma regra e colocado o mundo todo para jogar, incluindo os determinados chineses.

Hora de malhar


O ano já é o do rato, os dias estão passando e se aproximam os Jogos Olímpicos, agitando Pequim, mas apesar de a China ter se transformado em potência olímpica em uma evolução gradual desde sua primeira participação em Olimpíadas, em Los Angeles-1984, cem anos depois da disputa da primeira Olimpíada da Era Moderna, em Atenas-1894, o esporte é encarado no país como uma forma de melhorar a saúde dos jovens.

Estudos apontam que a potência muscular dos adolescentes na China tem decaído nas últimas décadas, o que levou o governo a adotar um "Programa Nacional de Preparo Físico", em 1995, incentivando a prática de esportes pelos jovens, principalmente. Apesar de o estereótipo do chinês ser de um sujeito magro, a obesidade cresce também por lá.

É comum ler que a prática esportiva na China antiga valorizava a harmonia, o que contrasta com a competividade de altíssimo nível de uma Olimpíada, por exemplo. Difícil imaginar, hoje, um atleta como Liu Xiang, recordista mundial dos 110 metros com barreira desde 11 de julho de 2006 (12s88), esteja apenas em harmonia consigo mesmo na desejada findal olímpica, quando buscará o bicampeonato mundial. Liu Xiang acumula também a melhor marca mundial de todos os tempos entre os juniores nos 110m com barreiras, estipulada em 2002: 13s12.

Para o país do tai ji quan (tai chi) é uma outra forma de assimilar os valores ocidentais e há quem garanta que os chineses conseguirão o melhor desempenho já alcançado no quadro de medalhas na história olímpica. Já ouvi de mais de um descendente chinês. Resta aguardar para saber se é torcida dos Pachecos chineses ou se um novo recorde de medalhas de ouro será mesmo estipulado. O Ano do Rato promete.