segunda-feira, 19 de novembro de 2007

O lóng e a fèng


Como canta Jorge Benjor, "Roberto, corta essa, porque lugar de dragão é na caverna... Você trocou uma princesinha, uma princesinha, pelo dragão" É mais ou menos assim que no Brasil se referem a um dragão. É fácil entender os possíveis choques culturais.
Em um casamento chinês são colocados sobre as mesas ideogramas ou imagens de um lóng (dragão) e uma fèng (ave parecida com o pavão), simbolizando a força e a beleza। O dragão é um animal sagrado na China, símbolo máximo do imperador, que levou os chineses a se considerarem os filhos do dragão.
Fico imaginando como foi a recepção, após três mil anos de história, ao Novo Testamento, que no capítulo 12 do livro do Apocalipse, tem 12 citações sobre um dragão, "grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas", "que se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse" O dragão era o diabo, pronto para devorar Jesus Cristo.
Atualmente, a igreja católica oficial no país é a Associação dos Católicos Patriotas da China, que fundou a Igrja Católica Patriota. Para entender um pouco da relação entre a igreja católica e a China indico o artigo do jornalista Jayme Martins, que ficou 20 anos no país como correspondente internacional.
Dizem que foi por culpa dele que agora um correspondente estrangeiro só pode ficar cinco anos na China. É o que dizem. O artigo é uma aula sobre diversos assuntos.

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