
Os chineses têm formas bastante peculiares de contar. Para se ter uma idéia, assim como usamos "seis" para contar qualquer coisa e "meia" para falar o número de um telefone, o número dois para eles se chama "èr" mas quando contam algo usam "lián". E assim como em português "meia" e "seis" são palavras diferentes, em chinês "èr" e "lián" têm ideogramas diferentes: "二" e "两".
Só que no modo chinês de pensar, conta-se de forma diferente do que no ocidente. Os chineses têm um elemento extra na cultura deles que convencionou-se chamar de "classificador". Quando você conta duas canetas, você não diz apenas "duas canetas" você diz "duas zhī canetas". Para esse "zhī" não existe tradução porque não existe aplicação para nós. Para três homens é "três ge homens". "Este carro" dizem "este bù carro". Não é da nossa cultura usar isso, mas eles fazem e fazem mais. Tiram o substantivo da frase e usam apenas o classificador, de forma que "duas canetas" vira "duas zhī", "três homens" pode virar "três ge".

Assim como usam Rén Míng Bì para a própria moeda, para o dinheiro dos Estados Unidos (Mĕi Guó) usam Mĕi Yuán e para a da Europa, Ōu Yuán. O Real aparece escrito Hēi Ào (o "h" é pronunciado como "r").
É da nossa cultura fazer algo diferente. Algo que custa 3 mil reais vira "3 paus" sendo que já foi "3 barões", quando o Barão do Rio Branco
