terça-feira, 6 de maio de 2008

O Século da China


Você sabia que em um casamento tradicional chinês a noiva usa um vestido vermelho? E que chineses usam bicicletas elétricas, que fazem cerca de 80 quilômetros com 20 centavos de dólar de carga para carregar sua bateria, para se deslocarem fazendo menos esforço? E que a partir de 1995 foram criados no país cerca de 30 mil áreas de recreação a céu aberto para que os idosos pudessem fazer exercícios físicos? E que há 40 milhões de ditos cristãos na China? Uhm... E que existem escolas para que os pais aprendam e discutam entre si formas de lidar com seus filhos únicos? Sabia?

Essas informações todas estão na últida edição da revista National Geographic Brasil, um volume refinado, com incrível edição de fotos. Os textos retratam muito do cotidiano dos chineses e tratam dos graves problemas causados pela perturbadora poluição que alcança também o rio Amarelo, "que nos últimos 2,5 mil anos transbordou e mudou de curso mais de 1,5 mil vezes, ganhando o apelido de 'Tristeza da China'". O link deste parágrafo oferece várias imagens que não estão na edição impressa.

Um gráfico aponta que em conseqüência da política do filho único, a partir de 2015 vai diminuir o número de pessoas no mercado de trabalho, mas ressalva que não faltará gente para trabalhar devido à absorção de mão-de-obra do campo nas cidades.

Vale muito a pena a leitura até para aprender como é feito o bombardeio de iodeto de prata nas nuvens para que chova em locais determinados.

O editor da revista, Ronaldo Ribeiro, esteve por três meses na China em 1985, quando, segundo ele, os chineses tinham medo de ficar próximos a estrangeiros, que podiam usar poucos hotéis. Ele conta na edição que os carros andavam com faróis apagados para que as lâmpadas fossem poupadas. Mas 22 anos depois, não há mais sinal dos arruinados táxis, que agora são Audis - e andam com os faróis bem acesos.

2 comentários:

Jorge Cordeiro disse...

Estou lendo a matéria da National Geographic sobre o rio Amarelo - na versão em inglês. A história é sensacional, bela e triste ao mesmo tempo, e as fotos - bom, nem precisa falar né?

Se quiser dar uma olhada...

http://ngm.nationalgeographic.com/2008/05/china/yellow-river/larmer-text/1

Valmir Storti disse...

Ótima dica, Jorge. Nem me lembrei de olhar a matéria original. O mapa interativo da página original deixa bem mais claro sobre quais regiões da China a edição está se referindo em cada matéria. Vale a pena a visita, mesmo. Abraço.