segunda-feira, 24 de março de 2008

Em busca da especiaria perfeita


Marcelo Tass é uma figuraça e foi para Pequim. Resolveu, evidentemente, mostrar o que é que a chinesa tem e experimentar algumas especiarias da diversificada culinária do país. Ficou a impressão de que ele só queria mesmo era mostrar o que havia à disposição, mas lhe disseram que seria de extrema má educação se ele não comesse nada. Acredite, você pode passar horas dentro de uma loja e não comprar nada, mas não deve fazer o mesmo em relação à comida. O chinês dá muito valor à alimentação, e é preciso respeitar esse valor, que é muito profundo na cultura do país.

Mas o que interessa é que o Tass experimentou. Depois de valorizar um bocado a situação com seu jeito todo peculiar, se deu esse prazer. A cara dele é engraçadíssima. Parecia realmente achar que escorpião, cigarra, cavalo marinho e que tais teriam gosto duvidoso, mas no final ele disse que... (vale assistir ao vídeo no UOL).

A matéria é interessante por mostrar como é a venda, como é tudo muito natural, como as pessoas circulam por Pequim e, principalmente, a opinião dele sobre o sabor. As cigarras estão ali à venda como se fossem morango com cobertura de chocolate.

Depois, foi a um restaurante conhecer sopa de ovos com tomate e também ovos de 100 anos, que é envelhecido por 100 dias antes de ser servido, além de Pato de Pequim. Na real? Parece que ele vai sentir saudades de Pequim... Ah, comeu batata frita, também. E alerta para tomar muito, mas muito, cuidado com as pimentas em pedaço. Tá vendo como são as coisas? Depois de fazer cara feia para o escorpiãozinho, se deu conta de que perigosa mesmo é a pimenta...

4 comentários:

Anônimo disse...

Será que ele fará alguma matéria sobre a questão do Tibete e de Mianmar ou vai se ater a besteirinhas culturais? Huum...

ah, sim, aproveita e divulga aí a petição online que tá rolando em defesa do Tibete.

http://avaaz.org/po/tibet_end_the_violence/

Valmir Storti disse...

Fala, Jorge. Seja bem vindo. Vou me ater às características culturais, que é o objetivo deste blog. Uma pena que isso te decepcione.

Obrigado pela leitura, de qualquer forma. Um abraço.

Anônimo disse...

Hum, ok, faz sentido... então, que tal um artigo do Le Monde Diplomatique sobre o Genocídio Cultural que está rolando no Tibete?

http://escriba.org/novo/?p=1504

;)

Valmir Storti disse...

Jorge, o "Le Monde diplomatique" tem alguns textos muito bons, que como em todas as outras publicações refletem a visão de mundo de quem os escreve e de quem os edita.

Está destacado: "Genocídio cultural quer dizer, hoje, hipermercados (chineses), bancos (chineses), eletrônica (chinesa), restaurantes e hotéis (para chineses) invadindo as cidades tibetanas." É genocídio cultural, então, ter supermercado francês, carros franceses, bancos franceses, restaurantes franceses no Rio de Janeiro?

Mas a questão não é tão simples assim, não é mesmo? "Ah, mas no Tibet é, sim."

Este outro texto do "Le Monde diplomatique" (http://diplo.uol.com.br/2008-02,a2200) é um dos melhores que li recentemente na questão choque de culturas. Não fala da China, mas dos EUA.

Ok, estou saindo do tema China, mas me mantenho no tema diferenças culturais e suas abordagens possíveis. E as diferenças de ponto de vista são claríssimas entre o jornalista e os "entrevistados", que estão a bordo de um navio.

As pessoas que ficam muito vinculadas a um único ponto de vista não vêem além dele. Principalmente quando há relação de dependência econômica desse ponto de vista.

A questão envolvendo China e Tibet é extremamente complexa. Como é a da Grã Bretanha com a Irlanda e a Escócia.

De novo agradeço sua visita. Salve, Jorge!