domingo, 24 de agosto de 2008

Nível de excelência

O sistema econômico chinês começou a ser desenvolvido com a produção de produtos de baixa qualidade, base que possibilitou ao longo das últimas décadas o reinvestimento de recursos na busca da sofisticação percebida atualmente seja na reconstrução de Beijing ou no projeto espacial chinês.

A China fez a festa e dela saiu como campeã dos Jogos Olímpicos. Expôs seu padrão de qualidade, seu nível de excelência, expondo a idéia de que cada um deve explorar o que tem de melhor em si próprio, como implica todo o ensinamento de Kung Fu Zi, o Confúcio.

A partir de hoje, todo mastro terá imbutido ar comprimido para que as bandeiras se mantenham tremulando o tempo todo, em todo o mundo, em seu vento particular? Todas as cerimônias serão pontuais e sincronizadas?

O quadro de medalhas de Beijing-2008 mostra uma China campeã dos Jogos com 51 medalhas douradas, mas eles ainda obtiveram ouro em organização, em instalações olímpicas, em cerimônia de abertura, em transmissão de imagens em super câmera lenta, em cordialidade de seus voluntários, em sofisticação e harmonia.

Apresentaram ao mundo seu padrão de qualidade e se ofereceram como referência para o que pode ser feito de melhor para o futuro. Como os demais concerrentes lidaremos com isso? Iremos desdenhar essa cultura, essa eficiência, ou buscaremos o nosso melhor para não ficarmos distantes nos próximos Jogos e nas competições da vida cotidiana?

O modelo é chinês e só se aplica por lá. Qual será o nosso modelo? O que ofereceremos ao mundo e o que faremos por nós mesmos? A China demonstrou, disputa a disputa, que a vida não é brincadeira de criança, apesar de elas fazerem parte. O que nós faremos pelas nossas?

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